Acreditar no amor
O amor revela-se como a chuva que cai no Rio
O tempo muda e a brisa gélida me condena
O couro que descansa no varal, é do animal morto
O rosto calado em desavenças
A vida é revelada entre as entranhas.
Rugas e os silvos de pássaros,
Aparecem no dia de onde renovo as esperanças.
Nunca tive tempo para ir tão longe
E alcançar tantas nuvens desfeitas.
Entre as águas abundantes que choram em meu dia,
O pensamento flutua como barco de papel.
Um navegante descobre o horizonte inexistente entre dois lados do mundo.
No fundo existir do desistir de nós dois.
Eu aqui e você lá.
O aceno despede entre os navios que partirão,
e não mais voltarão, ver, ter, tocar...
Fica o apito encolhido, zumbindo
E entre as folhas que caem, o vento de um tempo que nem espera o horizonte alcançar seu fim,
Eu acredito no amor, ainda assim.....
Diana Balis, Rio de Janeiro, 11/09/2015.