Despedida

Não tinha cor, sabor ou alegria

uma pré anunciada fantasia

como se esperança não houvesse

e fosse apenas uma alegoria.

Talvez pudesse evitar o próprio grito

que em seu interior já sibilava

contido em seu peito estufado e aflito

tornando a tua alma tão calada.

Assim como calada era a noite

com seu ventre aberto na madrugada

e a sua escuridão era o mistério

que na sua agonia frágil, assolava.

A sua morte era por todos desejada

para romper um novo dia

iluminado pelo sol e na alvorada

criar também uma nova alegoria.

Então voa nos céus, pobre andorinha

nos céus você esquecera o que é o mar

voa para longe minha pobre andorinha

tua ausência não fará ninguém chorar.

alexandre montalvan
Enviado por alexandre montalvan em 27/09/2015
Reeditado em 01/10/2015
Código do texto: T5396575
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