Labor!
Tudo me vem levar ao mar da saudade,
Tão real esse mergulho.
Tudo fala de ti..., Tudo..., Tudo...
Está como tu deixaste essa é a verdade.
Na parede a moldura já amarelada
Pelo tempo, mas quanto mais o tempo...
Passa ela envelhecida dá vida a tua tez
Que tanto, tanto me satisfez.
Em cima da poltrona, lá à tua espera,
O teu violão tua paixão tocar nas noites...
Sob um manto estrelado sagrado luar
Nas noites insones – pernoites.
Teu olhar fulgurante sobre o meu
Penetrante – instantes luzentes
Teu cheiro..., Meu cheiro..., Urgente...
Exalava na alcova -, espalhava – se a,
Alegria de costume...
Lentamente a noite passava quanto desvelo
– eras tu o meu amado amante.
Ah, quão bons doces teus beijos sussurrante,
Teu halito quente avante...
Singrando no meu corpo como navio
Instante – mar bravio ébrios de amor
Quanta alegria n’alma gemidos um vício...
Sonhar. Fantasiar. Nau de sonhos – labor!