uma quase paz 
:
Uma lâmina serena
roçando entre os dedos...
e teus grisalhos cabelos,
[ absurdamente lindos ],
embriagando a noite...
 
Teu nome
espalhado pela estante,
pelos espaços, os livros,
por todo chão,
por toda pele...
... queimando meu vestido
 
A meio lume, inutilmente,
fantasiava uma leitura

aninhada às almofadas,

enquanto o ardor trincava
a maciez das palavras ;
enquanto o incenso da madrugada
recendia o teu perfume...
 
Ahhh...
E a tua voz , impune,
respirando a minha ternura
ria-se do meu silêncio ;
consumindo   c a d a   l i n h a
... e a alma toda por dentro





 
_________ Havia uma quase paz...
 
 
 





DENISE MATOS
Enviado por DENISE MATOS em 26/09/2015
Código do texto: T5394780
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