PERFUME
O perfume inebria este
E aqueles que se aproximam.
O passeio nas ondas do aroma
A sensação
No desvio
Do odor das paixões:
O esconderijo
Dos sentimentos profundos.
O mesmo extrato
Não propicia a mesma alquimia,
É uma variante de suor
Inspirando a pintura da musa
Que aspira
Fragmentos de momentos de luxúria:
O cheiro da terra ressequida,
Da terra molhada,
A gota do sereno
Na verde folha,
A clorofila;
O ciclo do cio
O apaziguamento d’alma.
O cochilo moribundo
O estágio noturno:
Colibri.
A localização da presa
Com precisão simétrica,
A preservação da espécie.
O ciclo visceral.
A essência,
O perfume!
Belo Horizonte, 18 de fevereiro de 2015- Atalir Ávila de