Final
Na noite fria
A brisa, agonia
Da gélida caricia
Que destruiu meu sonhar
A lua, perdida
Entre as nuvens enegrecidas
Da tempestade maldita
Que me leva a chorar
A dor de um amor
Um torpor, dissabor
Que a alma esfria
E de melancolia, mata o amar
Delicado, o teu negar
Melhor seria me matar
Caricia maldita
Que sela, definitiva
O objetivo do meu amar
Tua mão que sobre meu rosto desliza
Tuas palavras que ao vento, sibila
Não!
E a brisa, que leva perdida, a luz do meu olhar
Um amor distante, prevalece
Mas não um amor constante, que não me merece
Eis a prece
Que o mar me leve
Para longe do teu velar
No amor não há metades
Pesares, disparates
Não com a amada sobre a proteção de outra espada
Não perdura ternura ou bravura
Nos tempestuosos pensamentos de amargura
Então que parta eu, ou parto a ti ao meio
Pois so assim aliviaria o meu dessossego
De cruzar os mares e os desertos
Para de certo
Ver negada a unica coisa que realmente quero
O amor da minha amada
Pois então, fique
Pois fujo eu, de ti não quero pesar ou pena de minha convalencencia
Quero apenas que a vida amena, não lhe traga o dissabor
De um dia ver o seu amor, se curvar a um outro amor
E aqui parto, pois com o amor negado
A vida agora cavalgarei
Pois sim eu sei
Que há braços que me esperam
Daquela que das viuvas
Marca a janela.