Em um Neruda Qualquer
Em Um Neruda Qualquer
Nas páginas amarelas
De um Neruda,
Nas ressecadas pétalas,
Ficou a boca muda.
Ficaram perdidas as flores,
Vontades suspensas,
As cores e os odores
De paixões intensas.
Não eram versos,
Flores, .... não poemas,
Nem sentimentos imersos,
Eram flores .... apenas!
Minhas e dela.
Já, o Neruda na estante,
E à chama acesa da vela,
Ao som da rima distante,
O último aceno,
Um pingo de saudade
O gesto pequeno,
Das memórias e na idade.