SÓ EU SEI!
Ninguém pode avaliar o que passei,
ninguém sabe quantas lágrimas derramei,
só eu senti todas as vibrações
impostas pelos desajustes do meu caminhar...
Se fosse discorrer sobre todos os percursos
que completei todos veriam abismos
profundos por onde caminhei, veriam
espectros e não vida como eu sempre desejei...
Então me ocorreu a proscrição e concluí
por alienar todos os bens que construí
quando tudo aparentemente transcorria
bem muito embora em campos minados,
mas a explosões se anteciparam...
Confesso a revolta se apoderou de mim
e tudo concorreu para que me tornasse
um selvagem em matas fechadas, que
acabei por esquecer o sentimento que
gerei em minhas entranhas...
Mas o poder do perdão de mim se apoderou
e me foi invadindo sutilmente como um
perfume, algo tão singelo que me permitiu
ver novamente o céu com suas estrelas...