ESPAÇO ABERTO

Em minhas mãos a rosa murchou e secou,

Joguei-a ao canto do jardim!

Mas este amor continua em mim,

Meu coração não despedaçou!

Este, aqui, aberto, continua deserto,

Sonhando às vezes uma gota d’água;

Mas aqui não guardo a mágoa,

Nem quero julgar o que é certo...

Se lhe espero ainda nas horas vazias,

Curtindo esperanças de sonho impossível...

Ou tento apagar o que imperecível?

Visita-me o interior, que julga sem vias!

Misterioso espaço aberto em amabilidades,

Onde o vento sopra o oxigênio da paz,

Que busca detalhes que só lhe satisfaz,

Sempre lhe envolvendo, lhe fazendo as vontades!

Lembra-se do sonho que tinha?

Aqui tudo se fará como em sonhos de fada!

Sentirá a alegria feliz, sempre amada!

Só peço uma coisa: Que você seja minha!