A LUZ DE VELA

À LUZ DE VELA

À luz de vela,

O movimento das sombras,

Sombras disformes

De beleza,

A leveza dos cisnes

Inspirando lembranças

Em notas sonoras

Ritmadas:

No suspiro

Do gesto

O selo universal

Do amor.

A simbiose das sombras

No movimento,

A mercê

Da doce brisa

Que adentra

Pela fresta da vidraça

Entreaberta,

No aconchego das sombras

No corrupio melódico

De Strauss.

A lousa branca

As sombras refletem

Uma história de amor.

A sutileza das sombras

Na simetria dos movimentos

Nos ângulos precisos

Da realidade

Do sonho.

A chama se apaga

Com o apagar da vela.

Amanhece à noite

O raio solar

Irradiando

O dia

Em sombras

Precisas desvanecem.

Belo Horizonte, 18 de junho de 2013 – Atalir Ávila de Souza.

Atalir Ávila
Enviado por Atalir Ávila em 21/09/2015
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