Amor brejeiro
Amores que nunca foram derramados
Nestas espumas de sândalos e sais.
Desejo os abraços nunca sentidos
Nesta meia luz de azul real.
Como desejei teu beijo
Neste recanto molhado
E o carinho brejeiro
De teu corpo ensaboado.
Agora, não há mais hora,
Acena-me a solidão...
Sinto o sabor amargo da demora
E um vazio que transborda o coração.
Afeto preterido,
Sentimento abissal,
Devolva-me o encanto
De um amor colossal.