QUIMERAS

Às vezes vem-me a memória

momentos tão idos, tão distantes

neste meu tempo percorrido,

que lágrimas indecisas teimam

em ficar guardadas ou serem

de modo brusco, despejadas

sobre as faces alinhavadas

pelo tempo impiedoso!

Como tanta e tão pouca vida,

para administrar num pranto copioso?

E desejo-te como se noiva fosse dos

sonhos teus, como se momentos

ainda os tivesse para sonhar!

A realidade grita-me aos ouvidos

que as quimeras são cantares

dos que não têm pesares!

Eugênia L.Gaio- 18/09/2015

Eugenia L Gaio
Enviado por Eugenia L Gaio em 18/09/2015
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