Refugiado

Apraz-me a vida em verdejante canteiro de esperança
No brilho do sol a encantar amores.
Solicitando longevidade, de verdade dela,
Independente do tempo, somos todos amantes.

Nas montanhas escarpadas nada se pode ver
A árvore secou, a água acabou e nada mais é como antes:
O vaga-lume não tem mais brilho
O beija-flor nada mais beija porque dali foi embora.

Espraia a beleza do amor fraterno às nações
Refugiando-se das guerras vamos todos nós
Sem qualquer menção ao desalento da emoção
Vislumbrando-se apenas canteiro de esperança.

Náufragos são todos que deixam vidas ao relento
Construindo barreiras com pensamento atroz
Quem de nós pode julgar a condição humana
Se nem de si próprio sabe o fim?

As geleiras se desfazendo, urso polar clama socorro,
Lá longe afunda mais um barco ou um navio
Eu aqui, tão distante geograficamente, morro
Em nome da perseverança antes que mais vida desapareça.
R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 17/09/2015
Reeditado em 18/09/2015
Código do texto: T5385394
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