Juros de amar

Eu não sei bem,

mas não cabe mais a mim distinguir,

não cabe mais a mim dizer que sim,

dizer oque há...

dizer se estará a frente o destino nem mesmo,

onde meninos brincam de homens,

não sei bem qual a mistura de tudo,

qual sensação provo,

qual irei provar,

ou até mesmo a que provei...

sei que um gosto marcado na boca,

com gosto as vezes de ironia,

taxativa por palavras que as vezes parecem minhas...

outras vezes com chuva de letras que se deparam com meu olhar,

não imagino dias sem teus dias,

nem as horas que marcam sem tuas horas,

mesmo que diante das janelas dos olhos o céu esteja cinza,

aos olhos do amor,

arco iris brota,

nem sei as vezes pintar minhas rimas,

nem esculpir no vento minhas memórias...

sou feito do simples,

do tímido,

do ríspido do sonhador...

as vezes tenho o domínio das artes,

as vezes a falta tua que mata,

as vezes ingrata,

e no final aplausos...

os versos certos nas horas de silêncio e sintonia,

o amor esse que me serve eloquentemente,

que me tira a roupa e me mostra como sem asas podemos ser um só,

quanto vale um sorrir,

quanto se distrair,

dizer do pouco que se tem...

sim esperarei,

sim eu voltarei,

sim é a nossa volta de tantas idas e vindas,

de tantas faltas,

tantas almas,

tantas armas,

eu não sei as vezes oque dizer...

oque fazer enumeradas as vezes,

que te amo na pressa de um beijo

outras me despeço do desejo guardando a boca,

tua memoria mais bela,

te amar coisa mais certa,

mais perto de se alcançar o paraíso,

eu as vezes não sei oque falar,

quando me chegas a frente,

com o teu sorriso de uma vida,

não sei se sentir ainda é o tudo,

porque o mundo meu amor,

é um segundo perto do que vivemos...

então em resumo de tudo oque habita em nós,

digo fim a estas nossas palavras.