A Morte da Solidão

A Morte da Solidão

A taça soluça,

Translúcida de vinho,

E os ouvidos leem

Os risos escondidos

Por trás da solidão.

Os olhos saem à caça,

De outras taças solitárias

Pelo salão em transe.

Varrem outras mesas

Em busca da mesma ânsia.

As mãos escondem

A aflição da palavra incerta.

E o pulso sustenta,

Inexoravelmente, o minuto

Que o tempo mata.

No vazio da taça,

Na transparência do cristal,

Dois olhares se encontram,

Duas bocas se comungam,

E afogam no vinho da taça

A solidão e a madrugada!!!

MAReis
Enviado por MAReis em 17/09/2015
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