SE NÃO QUANDO...
Quando repentinamente sentir que os dias
tornaram-se curtos em demasia, que as noites
já não apresentam sonhos com antes, saiba
que foste premiada pelos efeitos da compunção.
Quando descobrir que aquela suave brisa que te
brindava passou a se esconder quando entregue aos
seus inesquecíveis devaneios, bem como sentir a sensação
de ardência na pele é na verdade os açoites impostos
pelas maldades do seu desespero de causa.
Quando sentir que as lágrimas alugaram seus
olhos para transformá-los em cascata despejando
água como se fossem chuvas de verão,
são os seus sentimentos que pedem perdão...
Quando penalizada pelas reprimendas
do maldoso desvairo, saiba que são
consequências punitivas por ter transgredido
preceitos do que entre nós existiu.
Não, não te entregues ao estado mórbido, pois nunca
dir-te-ei "maldita sejas pelo ideal perdido" nem vou
atribuir culpa por ter causado a morte de um amor
tão grandioso, mas tenha em mente que meu ombro
amigo estará contigo mesmo depois de tudo o que fizeste
comigo...