Madrugada

É Madrugada meu anjo!

Dormem os corpos vivos nesse mundo de nós dois

Enquanto a névoa ofusca os becos tristes

Nascem versos do peito ávido desse poeta-menino

Que no ermo da noite se entrega a paixão pulsante

Entrelaçado aos versos taciturnos à solitude indevida

E no sopro do vento que resfria a pele-seda

Parte a alma por entre os olhos partidos

E pousa tênue nos afagos do teu calado colo

Segue o compasso continuo do coração galopante

E derrama solto o sentimento encoberto

Pois se ainda assim o amor não nascera

Em pensamentos alados eu o tenho vivido

Samuel Boss

Samuel Boss
Enviado por Samuel Boss em 23/06/2007
Código do texto: T538475