Madrugada
É Madrugada meu anjo!
Dormem os corpos vivos nesse mundo de nós dois
Enquanto a névoa ofusca os becos tristes
Nascem versos do peito ávido desse poeta-menino
Que no ermo da noite se entrega a paixão pulsante
Entrelaçado aos versos taciturnos à solitude indevida
E no sopro do vento que resfria a pele-seda
Parte a alma por entre os olhos partidos
E pousa tênue nos afagos do teu calado colo
Segue o compasso continuo do coração galopante
E derrama solto o sentimento encoberto
Pois se ainda assim o amor não nascera
Em pensamentos alados eu o tenho vivido
Samuel Boss