Fim

Angústias ascos da minha longínqua ilusão
Espera do fim vagueando em mim
No canto enluarado da emoção
Pouco a pouco fechando caminho
Recheado de paz, amor e paixão.

No canteiro, jardim da existência,
Sinto-me só, aonde vou não sei.
Não me fale de futuro, em cuja voz
É um nó, centeio sem nutrientes,
Água que já não escorre mais do cipó.

Já não interessam beijos nem abraços,
Tudo que ainda faço é pensar
E viajar nas asas da ilusão perdida,
Porque desta vida, irmão, nada se leva,
Cujo fim é sempre realimentar o chão.
R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 16/09/2015
Reeditado em 16/09/2015
Código do texto: T5383839
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