Dura insipiência

As razões de Napoleão Bonaparte,

Para subjugar toda a velha Europa;

conheço de cor não nego, destarte,

poderia expor fracionada em partes,

ou servir todas numa ceia na copa...

Os motivos das duras blasfêmias,

atribuindo aos auspícios de Alah,

a destruição das Torres gêmeas,

malgrado a imponência das fêmeas,

conheço também, mas, deixa estar...

o que quer dizer, se eu digo, amo você,

contrário do Zeca, também sei tudinho;

contudo deixo no ar, omito, por que,

razões do coração sempre sobra um quê,

de irracional, animal, ah, esse bichinho!!

Se negar, disser que ignoro, eu até peco,

Então, assumo conhecer o bicho canoro,

Que come o “inseto” gordo, o pixuleco,

Embora mui desprezível aquele treco,

Sei donde vem, pr’onde vai, e o deploro...

Sei ainda quem paga a conta dos rapaces,

Aliás, começam a chegar uns “boletos”;

Daqueles safardanas de muitas faces,

Ladrões que se a justiça, enfim, pegasse,

Eles, mosaico; aos pobres, branco no preto...

Enfim, sei quase tudo, mas, me falta saber,

Uma coisinha de ti, minha amada e linda;

Se podemos fazer a hora, fazer acontecer,

A fausto banquete do amor e do prazer,

E queres como eu, por que não vistes ainda?