DE JUNHO A SETEMBRO
Achegue-se!
Traga pra mim teus afetos,
Enquanto há vontades de amar.
Talvez queira permanecer
Além da hora combinada,
Além do que me terá permitido.
Abraça-me!
Entre seus braços estendidos,
Pode caber meu caminhar tímido,
Mesmo que não lhe sejam importantes
Minhas aspas envolvendo textos
Decantados em estrofes de amor.
Acalenta-me!
Qualquer nota sua me serve
Entre as pautas douradas
De uma canção em resguardo.
Ainda que você parta depois,
Deixa-me ao menos cantar refrões.
Não pedirei que crie raízes
Em meus estéreis quintais de inverno.
...Apenas junte em meus canteiros
As folhas que morreram no outono.