DE JUNHO A SETEMBRO

Achegue-se!

Traga pra mim teus afetos,

Enquanto há vontades de amar.

Talvez queira permanecer

Além da hora combinada,

Além do que me terá permitido.

Abraça-me!

Entre seus braços estendidos,

Pode caber meu caminhar tímido,

Mesmo que não lhe sejam importantes

Minhas aspas envolvendo textos

Decantados em estrofes de amor.

Acalenta-me!

Qualquer nota sua me serve

Entre as pautas douradas

De uma canção em resguardo.

Ainda que você parta depois,

Deixa-me ao menos cantar refrões.

Não pedirei que crie raízes

Em meus estéreis quintais de inverno.

...Apenas junte em meus canteiros

As folhas que morreram no outono.

Paulo Pazz
Enviado por Paulo Pazz em 15/09/2015
Código do texto: T5383474
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