Espero

Não sei quem já sentiu ou quem sente
Um ardor dentro da gente
Queimando tudo talvez
 
Algo amavelmente insuportável
Que nos invade e nos toma de vez
Como o amanhã que surge no seio da noite
 
Não rejeito o cálice, nem escondo sentimentos
Guardo o amor com desvelo por ser Incapaz
de sondar seus segredos e pensamentos
 
Sinto o outono em meu coração
Deixo meu amor em suas mãos
Colhe o fruto antes que finde a estação
 
Aflição na espera sentida
Em silencio teu amor desejo
Pois, vejo em mim o começo da vida.