Entrega

E se de amor, sóbrio instante sobrevivo, que seja por teus carinhos que me alimente.

Nada mais há que se desejar senão teus braços a me aconchegar; ah teus braços.

Perco-me em breves momentos que me são por sustento de uma vida.

Que graça ou sentido pode haver no mundo se não visto à luz dos olhos teus?

Que modo ou razão pode existir um homem se não guiar-se por teus passos?

Confesso réu, dou-me por vencido: nada mais que fui ou fiz importa ou faz sentido, passado que se perde entre folhas de esquecidos outonos.

E por inteiro, visto-me em primaveras de teus beijos; por amor me relato, me delato, amo-te simplesmente.

JAlmeida
Enviado por JAlmeida em 15/09/2015
Código do texto: T5382782
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