DAS ROSAS



Das rosas eu falo sim,
Das vermelhas em especial,
E digo que ainda sobrevive o bem querer,
Que ainda persiste o gosto acurado pela simplicidade,
E apesar do vidro e do concreto que enfeiam a natureza,
Ainda existe quem cultive jardins e rosas – vermelhas.

Falo sim de amor,
Dos meus e dos alheios,
E os valorizo igualmente,
Sem insinuar que qualquer deles é bobagem,
Sem deixar que a praticidade os ridicularize,
E nem me sinto menos forte por isso.

Ao amor e a rosa eu me rendo,
Rendido assim me faço mais humano,
Bem mais volúvel aos encantos da vida,
Muito mais atento às minhas fragilidades,
Que me fortalecem na busca pelos valores que se perdem,
Quando tantos não mais falam das rosas – nem de amor.


 
Eacoelho
Enviado por Eacoelho em 15/09/2015
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