Relatividades

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Um pingo de água

Na boca aveludada

Da tarântula

É veneno.

Um pingo de água

Na boca cansada

Do operário

É suor.

Um pingo de água

Na boca manchada

De batom

É lágrima.

Um pingo de água

Na boca tremula

Do tempo

É solidão.

Mas no esforço do abraço,

A água, lentamente, pinga

Lavando o veneno das mágoas,

Varrendo a solidão do tempo,

Dando novos sentidos

Para as lágrimas.

Lá fora, canta o telhado

Ao ritmo sereno da chuva,

Aqui dentro, entorpecido,

O sono reinventa os sonhos

Para a alma e para a vida!!!

MAReis
Enviado por MAReis em 15/09/2015
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