Quando você vai...
Tu falaste de minha doloroza tragédia
que consumia e alcansava, acabada
foste esta terrível herança.
Onde pode eu chorar
nos tristes panos que
de ceda encoberta ficarei
enciumada de tédio me tornei.
Com incertezas, dramas, e futuros
Nunca aceitos, nunca vividos,
sempre rejeitados, negados...
Tu clamavas minha doce voz
resgatada por penumbras
que anseiam a triste despedida
sem fim, em nenhum espaço
sem tempo, nunca houve momento.
Poderia eu fazer-te feliz?
Morrer sem se despedir?
A vida que sempre nos levou
hoje rosna pedindo perdão
deprimida, inunda sem lágrimas no chão.
Quanto ao vento que me nega
um abraço, sempre entrelaço
a solidão, pessante dolorosa
sensação que amarga, destroi
e desfarça, minha notória
VIDA DE NADA!