...Sem esperas!
 
Sem sinal de dor,
 Desalento ou agonia,
Lentamente findaram-se
As esperas!
 
Mórbidas e tão reais
Apagaram tudo de outrora.
 
Marcas denunciavam
O tempo que riscou
Em sulcos um rosto
Retirando-lhe qualquer
 Expressão.
 
E, assim...
...Sem lamento
O olhar apenas
Espreita indiferente
Tudo que ao redor vê,
...Ignorando.
 
Qualquer lembrança
Fugiu do pensamento que
Nem soube fingir o
Outrora.
 
Não restou
.Uma ilusão sequer
De um mínimo instante!
 
Nenhuma quimera
Suspira agora...
 Ainda que fosse por
Um nada.
 
...Um Infinito nada
Que soubesse morrer
...Sem esperas!



Liliane Prado
(Exercício Poético)




 

Comentários marcantes:

Obrigada Poeta Alkas pela sua capacidade tão sensível de traduzir a minha alma, sempre tão humana. Abraços fraternos, Liliane Prado.

Alkas
Quando se conquista a paz de espírito, tudo o mais desvanece... e esse estado se conserva e dura por um tempo que infinito parece... sem esperas, sem expectativas a calma assim apetece... Mas ainda no fundo se sonha... sem sofrimento, mas se sonha. Se sonha porque se sabe que a vida nunca está inerme... mas para quem está em alerta e em calmaria esse sonho se chegar não causará espanto, pois se está pronto e preparado na tranquilidade... Uma beleza reflexiva e agradável de compartilhar... saudações e minhas lembranças querida amiga poeta, Alkas.
Poeta James, obrigada pelo comentário deixado em "Sem esperas"...você foi no ponto chave da questão...'capaz de reescrever uma história'. Confesso que chorei ao ver sua sensibilidade de percepção. Vc é um ser muito especial... Deus te abençoe e ilumine sempre! Abraços fraternos, Liliane Prado.

James Assaf
E eu fiquei aqui pensando... De repente o efêmero se esvai por um instante. Um registro indelével resgata o alento, capaz de reescrever uma história. Resta-me aplaudir! Parabéns Liliane, sempre com talento. Tenha um ótimo final de semana!
Poeta Walter de Arruda... com você sempre vou sorrir, sonhar e dizer da alegria imensa de receber seu terno carinho aos meus exercícios poéticos. Muito Obrigada. Abraços fraternos, Liliane Prado

Walter de Arruda
No mundo encantado da Poesia... Esperar não é possível, os versos... Clamam nos corações dos Poetas... Vestidos em cores e com as emoções... Mais belas e o tempo... Ah! O tempo é sempre o presente... O Poeta é a realidade fantástica das letras... Que se aprontam para ser música e enlevo... Em seu coração sempre apaixonado... E em sua Alma... Que a criar, aviva sua LUZ... Por tudo isso Liliane, esta poetisa Linda exclama: É "Sem Esperas" e, é belo esse teu versar... ... Tens meu Carinho, Walter!
Liliane Prado
Enviado por Liliane Prado em 12/09/2015
Reeditado em 10/10/2015
Código do texto: T5380101
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