Solitária Paixão
Ostentava muitas paixões...
Era um eterno apaixonado.
Cabeça aberta, por vezes ensandecia.
Mas era casado, tinha uma esposa,
também era apaixonado por ela.
O nome dela era vida, eu amava minha vida.
Mas tinha amante... e não uma amante. E sim três.
O álcool, as festas, as mulheres.
Era um boêmio, e também amava minhas amantes.
Não as trocava por nada.
Cantarolava... assoviava!
Até encontrar Patrícia,
que fez-me deixar tudo, desamar tudo, e apenas a ela amar.
Mais jovem ela era.. mais jovem que eu.
Nem minha vida amava amava mais. Amava apenas Patrícia.
Oportunidades tive de me desfazer dela, voltar à minha vida, às minhas paixões. Mas não!
Insisti. Devia voltar às paixões.
O tempo passou. Os anos se foram.
Hoje encontro-me num asilo. Velho, pobre e sem paixões!
Não amo mais nem minha vida, nem Patrícia, que hoje diverte-se com homens mais jovens que eu.
Perdi tudo. Estou só.
Devia me desfazer.