Fogo
Vício que exala tormentas
Como tua droga escarlate quando toca os lábios de minh'alma
Minúsculo ser, que extasiante beldade ostenta
Tua frieza esquenta e congela,
Diante da humanidade supérflua
Busco a essência de tua malícia
Tão singela!
Nos mares do tempo vou procurar
E de tanto me perder
Espero um dia achar
Resposta para teus segredos
O fogo que incinera a carne
É o mesmo que reverbera o espírito
E sacia a abstinência de meu corpo
Quando bebe do teu
Grande tua pequenez
Nesse paradoxo encontro a nobreza de teu ser
Vou perdendo a sensatez.