Sol e Lua

O raciocínio boceja

de olhos quase fechando,

os pensamentos desorganizam

o texto sai do contexto.

Todo o organizado

se transforma em cacos

amontoados, caos,

e poeira esvoaçante.

As comportas do sistema fechado

se abriram em rio caudaloso

de associações inusitadas,

e lembranças tortas.

O véu do cansaço sobre

a mente dorme e sonha.

O texto pede descanso.

Morre o escritor,

nasce o poeta,

o Sol e a Lua.

Eu sou meu cansaço,

tu és meu descanso.

Te vejo nua

te beijo o seio.

e sinto teus dedos

traçando linhas

indecentes

em meu corpo.

Te quero carne

te tenho sonho.

Amanhã,

amanhã te verei

no ano que vem.

És dona do tempo,

comigo somes em segundos,

ausente demoras séculos.

(01/08/2011)

Gilberto Profeta
Enviado por Gilberto Profeta em 10/09/2015
Código do texto: T5377675
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