Desviam do espelho os sonhos passageiros
Aproveitando bem, a cobertura dos pensamentos
chegados, inspirados, com força num novo sorriso
onde, o pudor passa distante do espaço concebido
a chave voltada para a proteção nega sucesso
a invasão toma de pronto a necessidade física
aparente descuido, abre sonhos inacabados...
Iluminam fantasias desprovidas, escondidas
inegavelmente, expostas aos atrevidos vícios
animadas, à sua frente, erguem os sonhos à sabedoria...
Municiadas de pecados, referenciam ao conhecimento
o justo encanto do amor sentido, idealizado, eterno.
E quando chega a noite, apóia a cabeça na cama
o conforto trai e os sonhos pensativos choram
começam a trabalhar pensamentos injustos...
Os olhos acanhados, estacionados á cabeceira
desviam do espelho e, os sonhos embutidos
seguem a sina dos encontros passageiros.
A força insistente do coração não reage
ao absurdo presente, calado, assume o romantismo
encravado na ilusão de ter conseguido o amor tão sonhado.