Apaixonante Leveza do Ser.
Apaixonante leveza do ser.
Dá-me tuas mãos vivas de fulgor
Sigamos devagar por esta via
Bebamos do universo este dia
Ainda embriagados do licor
Da noite que juntos sorvemos
Sem buscar lembrar o ontem. O esqueçamos!
Sem querer viver outra vida, senão esta.
Em que pela manhã o sol brinca
Na penumbra do quarto pelas frestas,
E n’algum lugar pássaros cantam...
E um riacho sussurra insistente.
Hoje, ao despertar do sonho, ainda dormia...
E você tão presente ali estava e sorria...
Que tudo me fez crer ser um delírio!
Sua presença sempre foi etérea e distante
E mesmo assim, sarcástico devir tão preciso,
Trouxe-a aos meus abraços e beijos saudosos
Na ilusão de nós dois ardentes e amantes
Fomentando, a mim, em insana ternura...
Que amor e paixão é uma doce loucura
E a insônia é um contemplar dos dementes
Que somos eu e você de amor... Incuráveis.
Daqueles breves instantes, oníricos, de amargura.
Do conceber do nirvana, a eternidade, o permitido...
Mirabolante imagem de quem ama. A nostalgia,
Travestia você inteira de olhar, sorriso e magia!
Talvez! Nesta hora lúdica sonhássemos,
E tudo que vivemos foi um nada que existia.