AMOR DE POETA
O coração do poeta
é um caldeirão fervente,
de sentimentos, todos,
e basta-lhe uma queda,
e um desses, ausente,
pra que ele fique tolo.
E sofre como se fosse morrer!
E grita como fosse se acabar!
E geme como se a razão
não tivesse mais lugar.
Como se só tivesse um jeito,
para findar esse sofrer
e aplacar o corte da dor,
da ausência do amor.
Amarrar uma grande pedra
no meio do coração,
afogá-lo em própria queda
Afinal o coração do poeta
É um verdadeiro caldeirão.