TALQUAL UMA SEREIA
Tal qual uma sereia em xávega, é você ali deitada,
Expressando um sorriso e um olhar de quem canta
Uma ária de amor, a qual faz lançar-me à sua chamada,
Sem hesitar, sem poder lutar, porque é música santa.
A maneira como você deita e como me olha, minha Ariel;
Me traz doçura à boca, reaviva em mim o impetuoso vulcão.
Faz escorrer por meus membros o doce sabor do meu mel.
Deixo de ser um simples homem e torno-me o teu Tritão.
Um convite ao acasalamento entre mim, um ser mortal,
E você, ser mitológico, semideusa, meu fetiche,
Que me leva à devaneio de amor, amor não casual.
Prendi-me em sua rede, em seus negros e logos cabelos
Não quero ser solto, quero ser seu prisioneiro, seu servo.
Servir-lhe todos os dias de minha vida, satisfazendo seus apelos.