AS LEMBRANÇAS DO TITANIC

Nunca pensei que um homem pobre

Como eu poderia algum dia viajar de navio,

Entrosar-me com a classe nobre

Num jogo de grande sorte ganhei um passaporte para a América no maior arrepio.

Uma grande embarcação

Que trouxe-me diversas inspirações,

Lá conheci uma linda deusa que balançou meu coração

Que me dava mais vontade de fazer novas composições.

Tua pele branca e alva

Comoveu a esse elegante rapaz,

O amor que engrandece de corpo e alma

Devido a paixão ser tão grande, a sua imagem não me deixou em paz.

Mas, havia um problema no caminho

Ela estava prestes a ser casada,

A nossa ousadia era tão grande, que não deixei de dar amor e carinho

Embora, não sentia-se satisfeita com a vida que levava.

A sua mãe era uma peste

O seu noivo era um homem egoísta e doentio,

Ambos, não são pessoas que preste

Como a paixão levou a loucura de fazermos amor em alguns cantos do navio.

O Titanic era imenso

O mar era o triplo do tamanho do amor que sentia por ela,

Não havia um só momento

Que pensasse, me apaixonasse e enlouquecer-me por causa dela.

Como diz o pouplar

Um amor proibido é muito gostoso,

Só queria amar

Neste momento de amor perigoso.

Chamei-lhe para uma festa diferente

Totalmente animada,

Ela dançava de forma surpreendente

Que a deixei suada.

No dia seguinte, ao amanhecer

Eles tiveram uma discussão,

Durante o café da manhã, estava a embravecer

Devido a uma suposta traição.

Meu coração batia cada vez mais forte

Mas o seu noivo e a sua mãe deixaram-lhe sobre pressão,

Vou confessar que abusei da sorte

Por causa dessa paixão.

Ao ser pressionada

Pediu-me que não a procurasse mais,

Nos seus olhos, via que estava apaixonada

Por esse dócil rapaz.

Fiquei capisbaixo

No local onde nos conhecemos,

Engolindo a angústia

De tudo que estava acontecendo.

Em poucas horas

Ela foi me procurar,

Ela se fez do rio que procura o mar

Foi lá que ela foi me encontrar.

Estava fazendo frio

De 10ºC lá fora,

Naquele imenso navio

Aconteceu a nossa história.

No seu quarto, ela pediu-me um desenho seu

Deitada na minha frente nua totalmente,

Acelerou esse coração meu

De frio, o clima se tornou mais quente.

Numa longa noite de jantar

Entre os nobres,

Começaram a perguntar

Qual a minha origem, simplesmente respondi-lhes sou de origem pobre.

Rico de amor, de esperanças

De dignidade de todo guerreiro,

Embora, meu coração não se cansa

De seguir em frente com esse amor aventureiro.

No meio do oceano

Estávamos pelo convés passeando,

Dois marinheiros avistaram uma grande pedra de gelo flutuando

Que ao se colidir, pequenos blocos acabaram se quebrando.

O desespero entre marinheiros e tripulantes

Passou a ser tenebroso,

A cada momento, os aflitos eram contagiantes

Mas, nunca pensávamos que poderia acontecer algo desastroso.

Quando voltamos para o seu quarto

Haviam policiais, o noivo, e o seu capanga,

Alegou ter lhe roubado

Um diamante valioso daquele "cão chupando manga".

O seu comparsa me incriminou

Armou pra mim, jogando o diamante dentro do bolso sem ter percebido,

O policial me revistou

E lá encontrou o diamante que havia desaparecido.

Algemaram-me e deixaram-me sob vigilância

Do seu capanga,

A batida do navio no iceberg chegou a instância

De ser agredido pelo cão chupando manga.

Aquela água gelada

Tomou conta do Titanic,

Pela minha deusa abençoada

Veio me salvar no maior pique.

Quando ela veio me salvar

Ela tinha certeza que jamais seria capaz de fazer isso,

No meio da adrenalina, ela estava a confiar

Que eu era um homem de compromisso.

No corredor, já sem esperanças

Ela encontra um machado,

Para quebrar as algemas da desconfiança

Pois, a chave da mesma não havia sido encontrada.

Foi uma machadada certeira

Bem no alvo para a minha liberdade,

Estávamos desesperados pela correria inteira

Enfim estava contente de estar ao lado da minha cara-metade.

Um dos funcionários daquele navio

Estavam impedindo de salvar as nossas vidas,

Estava grande o frio

Até que me irritei, peguei um banco de madeira e arrombamos a porta até ser rompida.

Tinha um grupo de músicos tocando

No convés do navio para acalmar aquele clima de tensão,

Mesmo que o povo não estavam se importando

Continuaram tocando porque já sabiam que logo morrerão.

Haviam mais de 2 mil

Pessoas a bordo,

De adulto a juvenil

Não escaparam da morte, chego arrepio-me quando me recordo.

A inundação foi tamanha

Que partiu ao meio aquela navegação,

A classe nobre teve a sua barganha

De disponibilizarem um bote exclusivo para a sua salvação.

Eram mais de 2 mil tripulantes

Para vinte botes para salvar vidas,

O desespero era grande

Que houve perdas de seus entes queridos que jamais serão esquecidas.

Teve pessoas que rezaram

Até o último momento,

Mas, aquelas águas devoraram

As esperanças deixando-nos o sofrimento.

Quando a navegação afundou totalmente

Olhei em seus olhos e disse que nós vamos conseguir,

O amor estava na gente

Até o momento que não conseguimos sorrir.

Ela ficou em cima de um pedaço de madeira

E eu morri ao seu lado,

A sua choradeira

Representou o quanto fomos um casal apaixonado.

Ela pegou um apito de um dos tripulantes

Apitou, até que o bote veio para salvá-la,

No seu casaco, posto pelo seu noivo, ficou o diamante

A morte me levou, mas queria tanto beijá-la.

Escapei da morte, que seria praticado

Pelo noivo dela,

O mar havia me distanciado

Do amor que sentia por ela.

MATUSALÉM DAS POESIAS
Enviado por MATUSALÉM DAS POESIAS em 05/09/2015
Código do texto: T5371867
Classificação de conteúdo: seguro