(Imagem do Google)
CIÚME E ZELO
Odir Milanez
Estaciono o carro na calçada,
para esperar por ela, a namorada,
que ligou, de Candeias, para mim.
Ansiando assistir sua chegada,
é que vejo que fiz, como parada,
a vitrine de um vasto magazim.
Um olhar na vitrine, outro na rua,
encanta-me a modelo, um meio nua.
Jamais modelo vi tão linda, assim!
Penso nós dois na praia, à luz da lua,
ou transitando o Tejo, de falua,
dando vida à sem vida manequim!
De repente, desperto, após um grito.
Desnorteado, atônito e aflito,
saio do carro e corro. A minha amada,
bate a cabeça, em cheio, na vitrine,
como a querer quebrar o magazine
e o manequim matar. Só, e mais nada!
Pego no braço seu. Ela ignora.
Diz que mais não me quer. Manda-me embora,
enquanto a mim se achega o seu perfume.
Decanto-lhe uma canção - que ela adora:
“Esqueça, amor, a vida que há lá fora,
senão nós dois morremos de ciúme...”
Tomo-lhe as mãos, e a beijo. De mãos dadas,
voltamos para o carro. Desgostadas,
as pessoas desistem de nós dois.
Logo somos sorrisos nas estradas
do verso, onde vestais, enamoradas,
permite-nos brigar e amar depois!
JPessoa/PB
05.09.2015
oklima
Sou somente um escriba
que ouve a voz do vento
e versa versos de amor...
odirmilanez.blogspot.com
Para ouvir a música, acesse:
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