20140413_133325.jpg

(Imagem do Google)

CIÚME E ZELO
Odir Milanez
 
 
Estaciono o carro na calçada,
para esperar por ela, a namorada,
que ligou, de Candeias, para mim.
Ansiando assistir sua chegada,
é que vejo que fiz, como parada,
a vitrine de um vasto magazim.
 
Um olhar na vitrine, outro na rua,
encanta-me a modelo, um meio nua.
Jamais modelo vi tão linda, assim!
Penso nós dois na praia, à luz da lua,
ou transitando o Tejo, de falua,
dando vida à sem vida manequim!
 
De repente, desperto, após um grito.
Desnorteado, atônito e aflito,
saio do carro e corro. A minha amada,
bate a cabeça, em cheio, na vitrine,
como a querer quebrar o magazine
e o manequim matar. Só, e mais nada!
 
Pego no braço seu. Ela ignora.
Diz que mais não me quer. Manda-me embora,
enquanto a mim se achega o seu perfume.
Decanto-lhe uma canção - que ela adora:
“Esqueça, amor, a vida que há lá fora,
senão nós dois morremos de ciúme...”
 
Tomo-lhe as mãos, e a beijo. De mãos dadas,
voltamos para o carro. Desgostadas,
as pessoas desistem de nós dois.
Logo somos sorrisos nas estradas
do verso, onde vestais, enamoradas,
 permite-nos brigar e amar depois!
 
 JPessoa/PB
05.09.2015
oklima

 

Sou somente um escriba
que ouve a voz do vento
e versa versos de amor...
 
odirmilanez.blogspot.com

Para ouvir a música, acesse:

http://www.oklima.net

 
oklima
Enviado por oklima em 05/09/2015
Código do texto: T5371851
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.