Minha Busca

Não procuro braços que me embalem
Procuro braços que me aqueçam

Não procuro lábios que me beijem
Procuro bocas que saciem minha sede

Não procuro mãos que me acenem
Procuro mãos que me toquem
Acariciem, deslizem

Não procuro corpos malhados
Procuro corpos que me preencham
Que me levem ao topo da agonia

Não procuro olhos que me olhem
Mas olhos que me devorem
Que me deixem entorpecida
Incapaz de qualquer movimento

Procuro a magia dos corpos entranhados
O momento da consumação
A calmaria que aplaque este furacão
A seiva que escorre pelas mãos

Procuro a descoberta
O mistério, a magia
O orgasmo que angustia

Procuro por você

Que preencha meus desejos
Aperte-me em seu peito
Prenda-me em teu leito

Porque eu sou minha feminilidade
Minha insaciável vontade
Que busca, procura
E não te encontra
 
(Alma Poeta)