O sonho acorda, ao modo da sorte
À luz do ativo tempo, o amor se entrega
o sonho viciado, encontra os pensamentos
desprotegidos, instáveis, carentes
melancólicos... Distantes da vida
enganados pela própria intimidade.
À mostra, contos internos, atrevidos
invadem com sonhos, a doce alma
arrastada, insiste em não resistir
ao delirante caprichado encontro.
Delírios cobrem cada jornada à vista
cede à febre, ilustra sonhos na mente
cobre o corpo de fatos sem retorno
passado, assiste ao presente desafio
não cobra ausência, não tabula volta.
O sonho acorda, ao modo da sorte
pelos “toques” embutidos, calados
aos seus novos “mundos acomodados”.
A realidade ausente, inveja presente
o sonho ativo corre nos pensamentos
a memória absorve timidamente o retrato
mesmo sem saber onde anda o passado
busca encontrar vestígios, em vão, não alcançados.