ERVA DANINHA
Tão venenosa e invasora esta "erva daninha",
meneando e se entrelaçando no jardim
em meio aos lírios e aos jasmins,
e a bela rosa.
Esta daninha erva, sugando
o doce e a cor da rosa,
anestesiando-lhe a dor
para consumir-lhe a "flor".
Silenciosamente sufocando-lhe a vida
contorcendo seus caules
com suas mortíferas "raminhas"
de erva daninha.
E a daninha erva vai roubando o
néctar da rosa moça
a flor que cheira a jasmim.
Enternecida a flor moça
se envolve com a dependência
desta daninha.
Tão oportunista a erva daninha
a contorce e a modifica.
A erva daninha sabe que a pobre está
entregue, subjugada e alheia.
Lentamente a "daninha"
absorvendo-lhe a vida,
a formosura de rosa
e o néctar apurado
de flor doce e deslumbrante.
E a rosa vai se esvanecendo,
perdendo o visco e o prumo de rosa
a flor outrora tão bela, esguia e radiante.
Agora totalmente envolvida e seduzida
pelo falso abraço que só a estrangula
a rosa se sente amada
pobre rosa enganada
e apaixonada se entrega mais ainda
e se deixar estrangular mais ainda.
Enfraquecida a rosa está a mercê
desta voraz e sorrateira "daninha".
A flor se perde em devaneios
e se deixa sufocar por este falso abraço
e pelas rígidas e entrelaçantes raminhas.
A flor rosa moça tão dependente
da dependência desta erva daninha
nem sente que sua formosura está se esvaindo
e sua doce vivacidade de rosa morrendo
que antes, rosa, flor moça e deslumbrante.
Autoria Stella Maris
Editado em 2015
(Pensamentos e Palavras Stella Maris 01/2012)