Indiferença (ou seria falta de amor?)

Por dias falo comigo mesmo

E sempre me pergunto o que faço

Porque te encontro se não lhe quero

Tento fugir do seu abraço!

Não me seduz a calma

Porque o que me abala

É essa aflição barata

Maltrata! E como maltrata!

Onde não te vejo você se faz

De vez ou outra aqui jaz

Tenaz! E eu incapaz

De fugir! Em mim teu cais.

Brota em mim a repulsa descontrolada

E a amaldiçoo por trazê-la

Novamente, irritante, impertinente

Impreterível, invisível, amor decadente.

Por vezes falo comigo mesmo

Se o problema de estar contigo

É a languidez fúnebre

Ou meu desprezo insistente.

09 de novembro de 14