Declaração à imaginária
Ela sorri-me tão esplendidamente;
Que fotografo para mim seu sorriso
Nas recordações do meu consciente;
Alcançando um pedaço de seu paraíso.
E começo a caminhar pelos seus jardins;
Vejo uma parte dela manar em cada flor;
Provocando, sem possibilitar a afins;
Fazerem fluir, como ela, em mim amor.
E na indomável correnteza de seu rio;
Para suas águas sentir me arrisco;
Oferecendo-a um pouco do meu brio,
navego nesse incógnito ser arisco;
Que outrora esquentou-me do frio;
E agora eterniza-se neste terno rabisco.