SONATA AO LUAR
Eri Paiva
 
Noite clara, translúcida, em céu de agosto, 
Um violino, sob o luar, o silêncio irrompe...
Inebriada, uma lágrima desce-me no rosto,
Como se a advinhar quem algo me apronte 
 
Seria um sonho? Não! Eras tu invadindo
A minh'alma, de ti, ainda enamorada! 
Como se a flutuar, percebo-me sumindo
Naquela melodia saudando a madrugada! 
 
Ao deixar-me envolver, mente e coração
Unidos, num pacto mais que convincente, 
Levam-me à janela a ouvir uma canção
Que reconheço ser a nossa, tão somente:
 
- "Eu continúo aqui do jeito que era antes,
A cada anoitecer, te amando, te amando!"
Era um convite ao amor e, como dantes,
Em ti me perdi! Só Deus, sabe até quando!
 
Parnamirim/RN - Em 09. 08. 2015
Eri Paiva
Enviado por Eri Paiva em 28/08/2015
Reeditado em 06/06/2016
Código do texto: T5362309
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