Doce Ilu$ão

Olha só que ilusão a daquele quase provecto senhor
Ele acredita que só o dinheiro compra o que importa
Quando inexiste a fortuna que compre um real amor.
(De certa idade, já encanecido, mas “cabeça torta”)

Eu sei que o amor, como tudo o mais que eu conheço
Também pode ser adquirido, e são várias as formas.
O amor, não posso negar, é a verdade, tem seu preço.
Mas para que se possa comprá-lo existem As Normas.

Ninguém chega a um balcão, compra amor, se despede
E nem se encomenda pelo tamanho, peso, ou qualidade
E, no entanto, pode-se tê-lo, e tanto que não se mede
Caso saiba conquistá-lo, cativá-lo, bem, e de verdade

As “moedas” necessárias para adquirir um amor são
A delicadeza, a generosidade, a simpatia, o altruísmo.
Assim como também paciência, carinho, compreensão.
(Na “negociação” evite, e bastante, qualquer egoísmo)

Mas amor não pode apenas ser conquistado e guardado
Não pode colocar, empoeirando-se, em uma prateleira
É artigo raro, precioso, caro, e tem que ser bem cuidado.
Cuidando, com a devida cautela, dura até uma vida inteira

Se o provecto senhor acima mencionado ainda o quiser
E estiver disposto a investir um valor estratosférico
Poderei apresentar-lhe uma jovem e muito bela mulher.
(Do Amor, o que lhe dará, em troca, será só o Genérico)
Fernando Brandi
Enviado por Fernando Brandi em 21/06/2007
Reeditado em 21/06/2007
Código do texto: T536164
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