O DIA EM QUE MORRI
O choro foi lavando a maquiagem
E as lágrimas desceram negras pela face branca.
A cabeça raspada,
Os pulsos cortados,
O peito aberto sangrou.
Silêncio.
O carro negro e florido seguiu o caminho que hoje refaço,
Levando a única esperança que tive em vida.
O futuro se foi.
Desde aquele dia, no final da tarde, depois do trabalho, sigo o caminho fúnebre,
Como se ainda houvesse um cortejo.
Mais do que a você, a mim enterraram,
Porque desde aquele dia
Tenho morrido intensamente a cada minuto.