O DIA EM QUE MORRI

O choro foi lavando a maquiagem

E as lágrimas desceram negras pela face branca.

A cabeça raspada,

Os pulsos cortados,

O peito aberto sangrou.

Silêncio.

O carro negro e florido seguiu o caminho que hoje refaço,

Levando a única esperança que tive em vida.

O futuro se foi.

Desde aquele dia, no final da tarde, depois do trabalho, sigo o caminho fúnebre,

Como se ainda houvesse um cortejo.

Mais do que a você, a mim enterraram,

Porque desde aquele dia

Tenho morrido intensamente a cada minuto.

Edson de Barros
Enviado por Edson de Barros em 27/08/2015
Reeditado em 17/09/2016
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