Solidão
Porque quando a noite chega,
o céu está sem estrelas...
Sinto-te tão perto,
mas não preenche o vazio.
Vejo-me em teus braços,
e não me aquece...
Se olho o infinito,
quase grito,
sufoco a respiração...
E lá no fundo da alma,
grita o meu coração...
Ao dormir,
abre-se uma porta,
e por ela entro,
num mundo paralelo, te encontro.
como se eu estivesse num conto,
mágico, inexplicável...
O amor que sinto se espalha como ondas vagas,
que perde se no tempo, no vácuo escuro do universo,
é onde também me perco e a esperança...
E ao confessar, sinto teu olhar a se perder,
fazendo-me ver o seu desinteresse.
Nesse vazio... no silencio...
só a chama do seu amor
poderia me aquecer o coração...
Claudio Domingos Borges