TE COMPARANDO COM AS FLORES.

Com cada fio do arco-íris fiz a tua bordadura, e foi com essa mistura que preparei a tua escultura, te ornei com flores de todas as cores, e com todo tipo de cheiro, molhei os teus cabelos na queda da cachoeira, e os sequei com um flabelo da folha de uma palmeira, ataviei os teus olhos com todo tipo de tesouro, esmeralda, rubi, diamante e ouro, e de nada esqueci para colocar nesse teu olhar, rebusquei tudo que o meu coração pode guardar, que só de ver eu possa lembrar.

No teu sorriso coloquei a expressão de lampejos, para que uma fonte de todos os desejos fosse feita somente para te ver, para que ninguém esqueça mesmo sem te conhecer. E assim quando chegar o tempo de chover, eu pretendo fazer o luar romper mais cedo, para não desvendar o teu segredo, que és um ribeirão em meio ao lajedo, e eu fico a te alimentar com as sobras do vento, onde o tempo não passa e só nos trás a fumaça do relento.

Na tua boca foi colocada uma voz rouca, como se fosse à foz de uma cascata, com um luar em cor de prata, como uma canção em plena serenata, e deu ao teu contorno labial, uma jovial sensualidade, porem de uma simplicidade sem igual. E a cada beijo que recebo, bebo do néctar da felicidade, com a suntuosidade de uma flor, e toda essa pintura de beleza, é naturalmente para engrandecer toda pureza, e simplesmente para dizer do meu amor por ti, mulher natureza.

Marcus Paes
Enviado por Marcus Paes em 25/08/2015
Reeditado em 12/07/2018
Código do texto: T5358255
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