MURALHA
. Raimundo Alberto
Sinto-me um rochedo,
Porém frágil e morrendo de medo...
A razão bate de um lado, o coração do lado oposto
E assim a vida vai perdendo o gosto!
na verdade, sou uma muralha,
Que separa esses dois grandes rivais!
Se ajudar um, o outro me atrapalha
E assim eu vou perdendo a paz!
E ainda aparece você, me fazendo pichações,
Debochando da minha imobilidade,
Correndo em todas as direções
Como se fosse a felicidade!
Que sensação mais estranha!
Desejo ser derrubado como o muro da Alemanha
E que meus tijolos sejam utilizados para te edificarem um castelo...
Veja o quanto esse ato é belo!
Nem que me acabe em ruínas
Quero te fazer a mais feliz das meninas!