AMOR BOREAL
 
Distante é esse horizonte...
Que o coração em ardência
Saltita no peito de emoção
Pássaro que voa em canção
Que canta no silêncio da razão
Na gaiola do peito encerra
Suave sentir em dor se isola
Do leito gruir sua dor
Na saudade sufoca o amor.
 
Canta o vento sem rumo
Uivante lá na montanha
Açoita em rigor esperança
Que cansada a fio esmorece
O amor em estio adormece
Mal-me-quer amanhece
Nas ranhuras do tempo
Melúrias de encanto.
Faz cantar alvorada.
 
Sonhos sonhados
De amor entranhado
Desespera esperança
Enlaçando desejos
Primavera d’amor
Carícias florir em te ver...
Momentos fugazes
De etéreo sentires
Paixão vendaval
Um amor boreal.
 
Agosto/2015
MargarethDSL.