Senhora dos ventos.
Tú, que celebras piedade em teus acordes e a alma, que mansa
toca e acalma severos movimentos e mágicos instantes e eu,
prisioneiro de tuas sinfonias calo-me, cabedal de sonhos meus
que se deleita à tua musicalidade.
Domina - me com teus ruidosos passos, violas os meus
silêncios, e transforma em devaneios sonhos, lúdicas poesias inacabadas.
Sou de ti prisioneiro, subserviente deste sentimento e tu, senhora absoluta dos ventos.
Unge-me com o bálsamo de teus beijos; o meu cálice transborda: calo-me ante tu, lúdica poesia.