Doce mar, amar

E a menina esperava, fielmente, presa naquele olhar,

Castanhas cores da terra, misturadas ao verde do mar;

E o vento tão calmo, levava o barco, para algum lugar,

Porto desconhecido, entardecer que estava por acabar.

E a menina, sorria, encantada com o beijo da maresia,

Um cheiro que nem sabia de onde vinha, companhia;

E que lhe fazia tão bem, e a areia morna, amortecia,

A viagem que tinha durado um ano, ou mesmo um dia.

A menina não mais sabia, havia se perdido em contas,

E assim saiu, pela praia, catando as coloridas conchas;

Estrela do mar, viu, viu também coração que apronta,

E enquanto via o mar, amor vinha e lhe deixava tonta.

Menina presa, e liberta pelas mãos do vento brando,

Guardava a força, para não assustar a menina olhando;

E embevecido ouvia poesia, como se tivesse sonhando,

E numa perfeita sintonia, então agradecia, lhe beijando.