FLOR DO PÂNTANO

No lodo brota a flor,

Rosa do Paul!

Com júbilo a erguer-se,

Remindo intemperanças.

Lembranças inertes

A debalde

Vão de pólo a pólo

E sentam-se vencidas.

Deveras, encontrava-me

Em inércia.

Destarte, penso:

A rosa é arredia,

Deixará-me inerme,

Há nela porfia.

Ou confio nesta flor

Do pântano

E a ela me entrego

Ou dou um muxoxo,

Meia volta

E pé na estrada!

Tânia Mara Camargo
Enviado por Tânia Mara Camargo em 21/06/2007
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